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Genética: meus filhos nascerão surdos?

Após o segundo Implante, comecei a vislumbrar mais concretamente o meu futuro, sendo inevitáveis alguns questionamentos sobre como será meu trabalho, minha faculdade, a formação de uma família... E é sobre este último que queria conversar um pouco: qual a chance de meu filho nascer surdo? Como lidaria com isso? Essa última pergunta possui uma importância enorme e vale para todos nós.

No meu caso, não tenho nenhum parente com qualquer tipo de deficiência. O meu azar pode ter sido uma mutação (ou seja, sendo genético a partir de agora) ou somente uma má formação da cóclea. Sendo assim, meus filhos nascerão surdos ou ouvintes? Só teremos a resposta daqui a alguns anos.  Há casos registrados de casais surdos que tiveram filho ouvinte, assim como casais ouvintes com filho surdo (como meu caso), sendo este último o mais comum. 

Então, como lidar?






Conheço a história de um casal surdo que teve um filho ouvinte. Inteligentemente, a criança foi matriculada bem cedo na creche para que tivesse acesso à língua portuguesa, podendo desenvolver a fala, já que a língua dos sinais era a primária dos pais.

Infelizmente, existem casais surdos que comemoram pelos filhos nascerem igualmente deficientes. Eu, particularmente, ficaria triste, pois não gostaria que ele passasse pelas dificuldades que tive, mas vambora :D. Dependendo do grau de surdez, com o apoio de uma fonoaudióloga, buscaria os aparelhos mais adequados. A libras, na minha opinião, é importante para toda a sociedade, então mesmo sendo ouvinte, eu investiria nessa ferramenta. Sendo surdo então, é ainda mais importante, pois amplia seus horizontes e oportunidades, mesmo se não precisar de tal língua para se comunicar. Eu, que não me comunico por libras, reconheço que, se soubesse, meu universo seria muito mais amplo. 






Com o passar dos anos, a conversa é indispensável. Temos que ser flexíveis para lidar da melhor maneira possível com a educação, e desta forma entender quais obstáculos a criança enfrenta. O diálogo é sempre o melhor caminho para entender qualquer tipo de dificuldade sem julgar o próximo. Não cabe a nós menosprezar o sentimento alheio. O que temos que fazer é eliminar qualquer embaraço ou aprender a lidar, ensinando nosso filho a fazer o mesmo. Isso deveria ser regra para a sociedade :/. Creio eu que terei mais facilidade em educar se tratando de surdez, pela minha experiência, e, com o maior prazer, lutarei junto com meu filho para garantir os direitos tanto dele quanto meu. 




Espero que tenham gostado. Até a próxima!

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